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domingo, 25 de maio de 2014

O CARVÃO E A CAMISA

Texto: http://paszkowski.com.br/ imagem: Ibe Dourados
O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa.
Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples e cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.
Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faça de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra.
O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa.
O pai que espiava tudo de longe se aproxima do menino e pergunta-lhe:
- Filho, como está se sentido agora?
- Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo.
Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e olhinhos.
O pai então lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou. Entretanto, olhe só para você! O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos.
Moral:
Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras;
Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações;
Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos;
Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter;

5 comentários:

  1. Pensar o bem é fruto do entendimento que o preceptor deixa, ensina, doa! abraços

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  2. Olá prof. Gilberto, já conhecia esta história e é tão verdadeira, um belo exemplo de como educar nossas crianças, sempre tem um jeito de educar com palavras.
    ps. Carinho respeito e abraço

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  3. Olá, Gilberto, eu não conhecia essa história e concordo em tudo. Sem dúvida, os maiores respingos acontecem em nós, embora muitas vezes não notamos. Há coisas na vida que não valem a pena, muito melhor deixar passar... O olho por olho não funciona.
    Abraços! E um bom fim de semana.

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  4. Ola Profº Gilberto, vim agradecer sua visita e também me desculpar por minha ausência, professor entende a luta de um professor,este ano me aposentei da rede municipal, mas ainda estou na estadual e a essa altura da vida já não tenho a mesma disposição depois de um longo dia na sala de aula.
    Quanto a sua linda história, também já a conhecia, mas sempre é bom ler outra vez para não nos esquecer das lições que traz no seu contexto.A vida é assim, tem a lei do retorno e os nossos pensamentos devem sim ser policiados por nós, pois tem uma grande força.
    Vou seguir este seu blog com meu novo perfil, seja bem vindo também no Filosofando na Vida.
    Abraçoss

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  5. Professor, hoje a net lenta não foi possível seguir, voltarei.

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