Publicado em 07/12/2016
Abaixo, o gráfico mostra um dos resultados do PISA que deveria alertar o país para que tomasse o rumo certo em política de formação de professores, enfatizando uma formação e valorização adequada dos professores. No entanto, no contexto das opções que o país está fazendo em matéria de política educacional, apelando para as teses dos reformadores empresariais, não é isso que devemos esperar.
Fonte: dados da Folha de São Paulo
O dado acima, zero preferência para ser professor por jovens de 15 anos (a pergunta era sobre o que eles queriam ser profissionalmente aos 30 anos), foi produzido pela OCDE. Ele será processado pelo governo com vistas a tomar medidas que agravarão este quadro, ou seja:
- acelerar a desprofissionalização, trazendo para a escola qualquer outro profissional que queira ser professor via “notório saber”.
- implantar formas de preparação do professor aligeiradas de curta duração, com vistas a ampliar rapidamente o quadro de “professores” disponíveis.
- gerar, pelas formas anteriores, uma grande quantidade de profissionais que exercem a profissão como “bico”.
- desqualificar a formação de professores implantando sistemas de aprendizagem on line que sejam “administrados” por professores improvisados como “tutores” nas salas de aula.
- generalizar sistemas de complementação salarial por bônus associados às notas de seus respectivos alunos, a título de “valorizar” o professor.
A fala é que o professor é chave para o sucesso do estudante. Também se diz que é necessário valorizar o professor, mas na linguagem dos reformadores, isso significa pagar bônus e não salários maiores para a categoria.
A fala do governo, centrada no professor como responsável pela qualidade do estudante, prepara sua “responsabilização”, ou seja, a “culpabilização” dos professores pelos resultados do PISA. E a exemplo do que já acontece com outros aspectos da vida social, a justificativa para o governo fazer reformas tem sido pintar “o caos” e em seguida, posar de “salvacionista”.
Fonte:https://avaliacaoeducacional.com/2016/12/07/professor-ninguem-quer-ser/
Muita paz e saúde no natal e em todos os dias do ano! Que o verdadeiro sentido do amor seja presente em todos os momentos, sempre! Felicidade. Ives Vietro
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