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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018
ONÇA QUE FICOU REFUGIADA EM ÁRVORE É LIBERADA EM MATA APÓS RECEBER CUIDADOS MÉDICOS
Foto: Reprodução/Facebook Clínica Veterinária
Unigran e http://www.douradosagora.com.br.
A onça-parda que causou
alvoroço em um bairro de Dourados ao se refugiar em uma árvore por mais de 24
horas já foi devolvida a seu habitat natural após ter sido examinada e constatado
que estava bem. Imagem feita pelos médicos veterinários do Instituto de Meio
Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Lucas Azuaga e Lucas Cazati, mostra a
onça aventureira deixando a gaiola e entrando ágil na em uma mata da região de
Dourados.
A saga da onça-parda
deixa lições preciosas, contam os veterinários do Imasul que participaram dos
procedimentos de resgate, cuidados médicos e da soltura do animal. O principal
é a necessidade das pessoas saberem como se comportar quando receberem visitas
de habitantes das florestas, cada vez mais raras e, portanto, esses episódios
tendem a se tornar mais frequentes, observa Lucas Azuaga. Acredita-se que o
animal tenha caminhado mais de 10 quilômetros durante a noite da segunda-feira,
desde a mata mais próxima até o ponto em que procurou refúgio, já na madrugada
da terça-feira.
Após a utilização de
vários dardos tranquilizantes, por volta das 12h30 da quarta-feira, enfim, a
onça despencou da árvore em que permanecia desde a madrugada do dia anterior.
Policiais ambientais ampararam a queda com uma rede, mas o animal recobrou a
consciência e tentou atacar, obrigando os técnicos a usarem mais
tranquilizantes.
A onça foi levada para o
Hospital Veterinário da Unigran, passou por exames clínicos e teve um pequeno
ferimento na perna suturado. Era um macho com idade entre 3 a 4 anos e pesava
cerca de 60 quilos. "Deixamos ela em observação para ver se não estaria
claudicando ou apresentar outro problema após passar o efeito do anestésico.
Como aparentava estar bem, levamos para fazer a soltura", conta o
veterinário.
Visitas indesejadas de
animais silvestres estão cada vez mais comuns e podem estar relacionadas com a
diminuição das florestas. Sem alimento em fartura como em outros tempos, os
bichos são obrigados a fazer longas caminhadas e acabam perdendo a direção e
invadindo áreas povoadas. "A onça dificilmente ataca as pessoas porque têm
muito medo do humano. Mas podem aprender a caçar animais domésticos, como
carneiros. O que acaba acontecendo é que viram alvo fácil dos caçadores",
conta Lucas Casati.
Texto:http://www.douradosagora.com.br/noticias/dourados/onca-que-ficou-refugiada-em-arvore-e-liberada-em-mata